Escrevente de Cartório: Funções, Carreira e Como se Tornar Um

Hoje no dia 3 de junho, celebramos uma das profissões mais importantes para o bom funcionamento dos cartórios: o escrevente. Essencial para garantir agilidade, organização e precisão nos serviços notariais e registrais, esse profissional está presente em praticamente todos os atendimentos e processos realizados diariamente.

Neste artigo, vamos explicar quais são as atribuições de um escrevente, como ingressar na carreira, quais as diferenças entre os cargos dentro da serventia e quais são as perspectivas de crescimento na área.

Quem é o escrevente?

É o braço direito do tabelião ou registrador. Com uma atuação ampla, o escrevente é responsável por atividades técnicas e administrativas dentro dos cartórios extrajudiciais. Seu papel é fundamental para assegurar que todos os procedimentos ocorram com eficiência, clareza e segurança jurídica.

O que faz um escrevente?

As tarefas podem variar conforme o tipo de cartório (notas, registro civil, imóveis, protesto), mas geralmente incluem:

  • Atendimento ao público: esclarecer dúvidas, receber documentos e orientar sobre os serviços prestados.
  • Elaboração e conferência de atos: redigir escrituras, certidões, registros e outros documentos, observando as normas legais e internas.
  • Organização e manutenção dos livros de registro: cuidar da integridade, arquivamento e consulta dos documentos oficiais.
  • Atividades administrativas: lidar com sistemas informatizados, pagamentos de emolumentos, emissão de guias e demais rotinas internas.

Como se tornar um escrevente?

Diferentemente de cargos públicos, o escrevente de cartório extrajudicial não precisa passar por concurso. A contratação é feita diretamente pelo oficial do cartório, que tem autonomia para selecionar seus colaboradores.

Os principais requisitos são:

  • Escolaridade: normalmente exige-se o ensino médio completo, embora muitas serventias deem preferência a candidatos com curso superior, principalmente em Direito ou áreas administrativas.
  • Perfil profissional: organização, atenção aos detalhes, boa comunicação, responsabilidade e familiaridade com linguagem jurídica são características valorizadas.
  • Capacitação constante: muitos escreventes participam de cursos e treinamentos internos ou promovidos por entidades como o Colégio Notarial ou Anoreg.

Escrevente x Oficial x Substituto: entenda a diferença

  • Escrevente: colaborador contratado pelo titular do cartório com vínculo celetista (CLT). Atua nas rotinas técnicas e administrativas, sempre sob a responsabilidade do oficial.
  • Oficial (tabelião ou registrador): é o delegatário do serviço notarial ou registral, aprovado em concurso público. Responde legalmente pela serventia e por todos os atos praticados.
  • Oficial Substituto: pessoa de confiança nomeada pelo titular para substituí-lo em suas ausências. Pode praticar atos e responder pela serventia dentro dos limites da delegação.

Remuneração e mercado de trabalho

O salário de um escrevente pode variar bastante, dependendo da localidade, especialidade do cartório e tamanho da serventia. Em cartórios maiores, com grande volume de serviços, a remuneração costuma ser mais atrativa. Há também oportunidades de crescimento interno, como assumir funções de confiança, coordenação de equipes ou especializações.

Além disso, o ambiente cartorial costuma oferecer estabilidade, rotina organizada e possibilidade de atuação próxima ao universo jurídico, sendo uma excelente porta de entrada para quem deseja seguir carreira na área.

Conclusão

O escrevente é peça-chave na engrenagem dos cartórios. Seu trabalho cuidadoso garante que atos fundamentais da vida civil — como registros de nascimento, casamentos, escrituras, procurações, entre outros — sejam realizados com segurança, clareza e agilidade.

Se você busca uma carreira que alia estabilidade, responsabilidade e contato com o Direito, vale a pena considerar essa profissão. E hoje, 3 de junho, nosso reconhecimento vai para todos esses profissionais que contribuem diariamente para a eficiência do sistema cartorial brasileiro.


Escrito por: Isabella Flores